Wuthering Heights
Vou falar um pouquinho sobre O Morro dos Ventos Uivantes, um romance escrito no século XVIII,
por Emily Brontë , escritora e poetisa, que morreu
muito jovem, aos 30 anos, um ano após a publicação de seu único livro e que
ainda hoje é considerado um clássico da literatura.
Ao começar a leitura há cerca de um ano atrás o achei
meio entediante, não foi um enredo que me prendeu logo de cara, mas me esforcei
para continuar. No entanto, acabei lendo
outros livros que me cativaram mais e esse foi deixado de lado. Somente há uma semana resolvi retomá-lo e dar
a ele um voto de confiança, afinal “é um clássico” !
Para minha alegria, em determinado momento a história “engrenou”
e conseguiu me prender, momento em que passa a acontecer a contação da história dos protagonistas Heathcliff e Catherine,
o que foi justificando a confusão que é o início do livro com nomes e
sobrenosmes. Em três dias terminei (muito tempo para mim). Precisei de
uns dias para digerir e me decidir se gostei ou não . Se fosse julgar pelo
senso comum, diria que não gostei, afinal busco nos livros uma felicidade
instantânea, principalmente se tratando de romances, pois sim,
sou uma romântica incurável.
No entanto,
analisando a obra, como profissional de Letras pude considerar outros fatores. É um livro bastante denso, que aborda diversos
assuntos da existência humana, como o amor idealizado e proibido, o ódio,
a vingança, a inveja, a submissão feminina, tudo isso com uma boa dose de
brutalidade e ausência de compaixão. Em torno de um amor de infância
que se transforma em um triângulo amoroso, que acaba por dar origem a outra história
de amor, um tanto quanto conturbada. Tudo isso dentro do espaço de duas
propriedades, O morro dos ventos Uivantes e A Granja dos Tordos.
É sem dúvida um livro muito rico de detalhes e na abordagem de diferentes sentimentos e atitudes humanas
na construção do amor que sobrevive mesmo após a morte.
Inajara Garijo Facchini